sexta-feira, 27 de julho de 2018

Bolo Rei - a lenda - a história e a tradição

Bolo Rei - a lenda - a história e a tradição


Em dia de Reis é tradição comer-se Bolo Rei, mas sabe a história deste bolo?

 Até há bem pouco tempo, o brinde e a fava faziam parte da tradição deste bolo, sabe porquê?

 Este bolo está carregado de simbologia, pode dizer-se que ele representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A parte exterior dourada e brilhante simboliza o ouro, as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra e o incenso está representado no aroma do bolo.


Segundo a lenda a existência da fava no Bolo Rei, deve-se ao facto de quando os Reis Magos viram a Estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a entregar a Jesus os presentes que levavam. Como não conseguiram chegar a um acordo e com vista a acabar com a discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no interior da massa uma fava. De seguida cada um dos três Magos do Oriente pegaria numa fatia. O Rei Mago que tivesse a sorte de retirar a fatia contendo a fava seria o que ganharia o direito de entregar em primeiro lugar os presentes a Jesus. O dilema ficou solucionado, embora não se saiba quem foi o "ganhador": Gaspar, Baltazar, ou Belchior.
 

 Historicamente falando, a versão é bem diferente. Aproveitando um inocente jogo de crianças, os Romanos inseriram a sua prática nos banquetes durante os quais se procedia à eleição do rei da festa, que consistia em escolher entre si um rei tirando-o à sorte com favas, por isso designado por vezes também "rei da fava". Esta prática era muito utilizada nos banquetes das Saturnais, festividades que se realizavam em 25 de Dezembro, em celebração do solstício de Inverno. A Igreja Católica - tal como aconteceu com muitas outras tradições e festas pagãs - aproveitou o facto das Saturnais e do "jogo da fava" serem realizados no mês de Dezembro e decidiu relacionar este último com a Natividade e com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro, determinando que esta última data fosse designada por Dia de Reis e simbolizada por uma fava introduzida num bolo.


 Já o "brinde" era colocado no bolo como forma de presente. Havia quem colocasse nos bolos pequenas adivinhas cuja recompensa seria meia libra de ouro. Outros incluíam propositadamente as moedas de ouro na massa, como forma de agradecimento. Com o passar do tempo o brinde passou a ser um pequeno objecto de valor apenas simbólico.


  Com o aparecimento do "brinde": a fava passou a ter uma conotação negativa, representando uma espécie de azar, tendo quem a encontra duas opções: assumir o pagamento do próximo bolo ou correr perigo de engoli-la.
 As regras comunitárias, vieram ditar que tanto o brinde como a fava fossem interditados e assim desapareceram dos "Bolos Rei".

 Em relação à introdução do "Bolo Rei" em Portugal, segundo consta a receita foi trazida de Paris pelo filho do fundador da Confeitaria Nacional de Lisboa, Baltazar Rodrigues Castanheiro Júnior, local onde foi vendido pela primeira vez em meados do século XIX, mais concretamente depois de 1870
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